Madre Mazzarello na vida de um salesiano


Uma das coisas que sempre me fascinou na vida dos santos, e de um modo especial na proposta de fé do carisma salesiano, é a capacidade de olhar a vida de todos os dias como o lugar de santidade e de encontrar Deus em tudo o que vivemos. Aquilo que a Espiritualidade Juvenil Salesiana chama a espiritualidade do quotidiano.

Maín entrou na minha devoção pessoal exatamente neste ponto. Fui espiritualmente atraído pela sua capacidade de fazer do trabalho de todos os dias o lugar privilegiado do encontro com Deus. Fascina-me com aquela simplicidade que nos ensina que “cada ponto de agulha é um ato de amor a Deus”.

Ao ler o seu epistolário e compreender a doçura com que aconselha as suas filhas a entregarem-se todos os dias, com todo o amor que têm por Deus, ao trabalho, por mais humilde que fosse, porque ali estariam a realizar plenamente a vontade de Deus, leva-me a perceber como realmente, na simplicidade de um coração humilde e disponível, Deus faz maravilhas.

À intercessão de Santa Maria Domingas Mazzarello costumo também entregar a minha vontade de viver constantemente na presença de Deus. Isto porque outro dom que percebi na sua santidade foi a capacidade de viver assim, na presença de Deus, em todos os contextos da vida. Creio que é isto que nos ensina a janela da Valponasca. E sobretudo nestes tempos de confinamento é tão atual este seu exemplo.

Louvo a Deus pelo dom da vida e santidade de Maín e por esta capacidade tão quotidiana, e por isso tão extraordinário, de ser toda de Deus, sempre e em todo o lado, sem guardar nada para si. Para que possa eu também aproximar-me um pouco disto, continuarei a invocar a sua interceção e a tê-la presente na minha vida.

Pe Luís Almeida, sdb