“… desceu a Cafarnaum com sua mãe, seus irmãos e os seus discípulos” (Jo 2, 11-12)


Maria, a Mãe, é na Igreja, desde as origens, aquela que suscita nos discípulos a fé em Jesus, desperta o encanto por ele, acompanha no caminho da sequela, protege no tempo da prova.

Após o “sinal de Caná” a comunidade dos discípulos começa a constituir-se como “grupo”: os vários membros foram chamados individualmente, cada um fez uma experiência pessoal de encontro com Jesus. Depois do “sinal” do vinho bom apreendem um significado mais profundo da pessoa do Mestre, por isso, “juntos” descem com Ele a Cafarnaum, lugar de cruzamento de povos e religiões, para estar com Ele e dar testemunho de o ter encontrado.

É uma comunidade muito diversificada que caminha em direção a Cafarnaum, constituída por pessoas mais ou menos crentes, por homens que iniciam um caminho de discipulado, e está Maria, a primeira discípula, que, por sua vez, cresce na fé e no conhecimento do próprio Filho. Não tem uma mensagem própria, dela não se diz mais nada, que convida a todos a olhar para Jesus, para fazer aquilo que Ele pede (Cf Jo 2, 5).

Todos estão ao redor de Jesus, que cria uma nova comunidade, gerada continuamente pela fé e pela fraternidade de relações, aberta a todos, embora sejam diferentes os níveis de fé.

Também nós, hoje, como comunidades educativas, juntamente com os jovens fascinados por Jesus, somos chamados a descer a Cafarnaum, a viver imersos na realidade, para dizer, com uma vida partilhada no amor, que é bom estar com Ele.

… Estamos cientes de que este é o tempo do vinho novo para ser colocado em odres novos. São os próprios jovens que nos pedem para nos abrirmos, juntos, à escuta recíproca e ao Espírito Santo, para procurarmos formas mais autênticas de viver e testemunhar o Evangelho nas novas fronteiras, saindo das nossas próprias seguranças e comodidades. Fiéis aos nossos Fundadores, acreditamos que o protagonismo e a frescura dos jovens tornam-se fonte de vida nova, de respostas concretas e generosas, de renovação e abertura, sobretudo para com quem é marginalizado e/ ou distante da fé. (Extrato da carta convocatória do CGXXIV das FMA, pág 19-21)