Madre Mazzarello e Maria Auxiliadora


Maio, para todos nós, é o mês entregue com particular atenção e amor à Virgem Maria, nossa Mãe. Ele até começa com a Festa da Mãe, não podia ser maior o seu significado. A Senhora a quem Maria Mazzarello aprendeu a amar desde pequenina. Dizem as crónicas que, em Mornese, se construiu uma capela em honra de Maria Auxiliadora, em 1843. Fica a uns cem metros da casa onde Maria Domingas nasceu. Calculemos as vezes que a criança, a jovem  Mazzarello aí foi rezar com a sua família. Certamente sempre que havia alguma celebração especial lá estava, juntamente com o pai José e a mãe Madalena com os seus filhinhos que não eram poucos.

Por vezes, quando se fala na nossa Santa, pensamos que já sabemos tudo, que a conhecemos de trás para a frente e da frente para trás. Julgo que nos enganamos todas redondamente. Primeiro porque Deus se revela só aos pequeninos, e o que Ele imprime e ‘organiza’ no interior dos mesmos, não sabemos. Não vislumbramos a rede entretecida e subtil de graças, de presenças neles depositadas. Geralmente julgamos que com o nosso olhar largamente tecnológico podemos abarcar este mundo e quase o outro…  E depois são pessoas tão discretas, são os tais santos da porta ao lado, como diz o Papa Francisco, que nem damos por eles.

O fundo luminoso donde sobressai a figura de Maria Mazzarello é, sem dúvida, a humildade. Maria Domingas deixou-se guiar desde sempre pela face de Deus. Soube servir na saúde e na doença, soube escutar o que Jesus lhe pedia. A mão de Deus conduzia a sua inteligência aguda levando-a a dizer às Irmãs nas conferências:” Rezemos e comportemo-nos em todas as coisas como se Nossa Senhora estivesse presente; e Ela está, mesmo que a não vejamos”. Maria Auxiliadora, Maria Dolorosa ou Imaculada era a sua meta, o seu refúgio e consolação.

Madre Domingas Mazzarello viveu apenas quarenta e quatro anos. Esta conta redonda e pequena encerra uma vida entregue continuamente ao Senhor, através do próximo. Desde sempre. De qualquer ângulo que a espreitemos, aí está ela virada para o Amor, para essa essência, essa necessidade do ser humano derramada em nós pelo Espírito Santo, como diz Sto. Agostinho.

Celebremos com regozijo e esplendor a Festa de Maria Auxiliadora! Vão cair aí no calendário os 150 anos da nossa fundação, Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora.

                                                                                                           Delfina Silva, fma