9 de maio, 2020


A vocação é sempre dom! Surge e permanece no tempo; enriquece a história de luz, sabedoria, felicidade! Tem origem em Deus, que chama e convida sempre a viver em fidelidade.

Pensar na vocação, como salesiana, é pensar em Madre Mazzarello, a camponesa de Mornese, tão simples como essencial, tão humilde como sábia, tão concreta como espiritual. Filha de camponeses honestos e fiéis a Deus, totalmente imersa nas lides do campo e no trabalho doméstico, aberta à espiritualidade que se respirava a nível familiar e paroquial, era uma jovem sedenta de contemplação no simples desenrolar das tarefas diárias. Aquele seu ardor no trabalho da vinha, entrecortado por flashes contemplativos, aquela janelinha da Valponasca, olho rasgado para a Igreja paroquial para onde todas as noites dirigia o seu coração orante e afetuoso, falam da grandeza de alma, toda centrada no seu Jesus.  A assiduidade à direção espiritual era uma alavanca segura na sua maturidade humana e cristã. A vaidade própria da infância e da adolescência, a vontade de querer ser sempre a primeira em tudo, foi-se transformando, paulatinamente, num empenho ativo na paróquia e no grupo de jovens a que pertencia! Quando chegou o convite para se consagrar a Deus no novo Instituto sonhado por Dom Bosco, esta jovem mornesina, que já há muito sentira o apelo a uma vida de total consagração, sorriu e agradeceu a Deus tão generoso convite. E outras se lhe juntaram para serem portadoras do amor de Deus aos jovens. Foi ela a 1ª pedra do monumento vivo que, em Mornese, teve início no dia 5 de agosto de 1872 para ser, hoje, realidade em todo o mundo.

Hoje como ontem, é o mesmo Jesus que chama e convida. Segui-Lo com inteireza de alma é, inegavelmente, fonte de alegria que ninguém pode roubar!

Rosa Teixeira, fma